segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Me Chama?!

Tive medo de perguntar o seu nome porque ele podia ser o de um profeta que me revelasse o que ia acontecer do que a gente ainda não houvesse vivido. 
E, ao saber do futuro, eu tivesse medo da nossa despedida, porque pessoas podem ser cruéis quando amam. 
E, então, ficasse exaurida de presente ao ser invadida por uma tristeza imensa por perceber que tudo isso agora, em muito breve, vai virar recordação e que eu só vou visitar você no passado ou em devaneios. E que eu não tenho como obrigar o tempo a correr de trás para a frente. Apostamos, nessas horas, que seria em vão procurar nos desvencilhar das armadilhas dos arcanos do irresistível perigo do proibido que perpetra e perpetua o inefável do desejo que nos atrai. Cedo se aprende que desejar é sempre a audácia de se arriscar.




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