quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Filme da Semana do Mulher Sim Senhora!


O drama/comedia "Green Book" (O Guia), tem a direção de Peter Farrelly (famoso por dirigir comédias, quem não lembra do "Quem vai ficar com Mary?"), roteiro de Peter Farrelly, Nick Vallelonga e Brian Currie, fotografia de Sean Porter, e trilha sonora de Kris Bowers. Tem muitas indicações, inclusive para o "Oscar 2019" e arrebatou vários prêmios, entre eles, melhor Ator Coadjuvante (Mahershala Ali) , melhor filme de musical ou comédia e melhor roteiro no Globo de Ouro 2019. O título da película é uma referência a um livro que apontava os hotéis no sul dos Estados Unidos que aceitavam afrodescendentes. Amei as 2hs e 10min que passei no cinema, sendo conduzida pelo brutamontes Tony (o ator engordou 20kg para fazer  o papel), tendo a companhia do virtuoso pianista Don Shirley (ator excelente, sera que vai levar o Oscar também como ator coadjuvante?), viajando de carro pelo sul dos EUA durante os anos 60. Vale a pena ver!


Enredo: Tony Lip, um dos maiores fanfarrões de Nova York, precisa de trabalho após sua discoteca fechar. Ele conhece um pianista que o convida para uma turnê. Enquanto os dois se chocam no início, um vínculo finalmente cresce à medida que eles viajam.

Elenco: Viggo Mortensen, Mahershala Ali e Linda Cardellini,, mentre outros.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

José Gomes Ferreira

Porque é que este sonho absurdo
a que chamam realidade
não me obedece como os outros
que trago na cabeça?

Eis a grande raiva!
Misturem-na com rosas
e chamem-lhe vida.


domingo, 27 de janeiro de 2019

Empadão de Palmito!

Ninguém resiste a um delicioso empadão de palmito que derrete na boca, Confira a receita.


Ingredientes:
Massa podre
500g de farinha de trigo peneirada
1 colher (chá) de sal
150g de banha de porco
125g de manteiga sem sal gelada e picada
1/4 de xícara (chá) de água gelada
3 gemas
1 gema para pincelar

Creme de palmito
2 dentes de alho socados
1/3 de xícara (chá) de azeite
1 cebola picadinha
2 tomates sem pele e sementes picados
1 vidro de palmito picado (300g)
1 lata de ervilha escorrida
1/2 xícara (chá) de azeitona verde picada
1 cubo de caldo de galinha
3 colheres (sopa) de salsa picada
Sal, pimenta-do-reino e molho de pimenta a gosto
1 xícara (chá) de água filtrada
2/3 de xícara (chá) de farinha de trigo

sábado, 26 de janeiro de 2019

Dica de Presente by Paloma Aimée Ferreira!

Amei a ideia deste globo criado pela Peleg Design, já que amo também o clássico souvenir tenho vários, que ao ser balançado faz a neve cair sobre a casa em seu interior, aqui ela funciona como um açucareiro. A base é na verdade sua tampa e basta gira-la para abrir e pegar o açúcar. Batizado de Sugar House, mede 10,8 x 10,8 x 12 cm, é feito em plástico e custa U$ 20,00.







https://www.monkeybusinessusa.com/collections/all

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Pesquisa mostra que viver com um homem equivale a sete horas extras de trabalho para a mulher

Muitas mulheres sonham em casar ou viver com um parceiro para estabelecer uma jornada mais tranquila e relaxar do estresse do trabalho, mas foi confirmado que elas estão um pouco equivocadas com esta ideia. 

Um estudo feito pela Universidade de Michigan (EUA), revelou que as mulheres que estão se casando ou que começam a viver com seu noivo, somam sete horas extras de trabalho em sua jornada semanal. Sete horas!

Isso significa que compartilhar um teto com um homem cansa muito mais para as mulheres. Frank Stafford, pesquisador do Instituto de Análise Social da Universidade de Michigan, afirma que "é um padrão muito conhecido. Há uma resignificação das suas atividades em um casamento, onde os homens tendem a trabalhar mais fora de casa enquanto as mulheres exercem mais tarefas domésticas. Esta situação é ainda pior para as mulheres que trabalham".

Para chegar a conclusão do estudo, os pesquisadores estudaram uma base de dados desde 1968 até 2005 sobre o emprego nos Estados Unidos. Com esta informação, avaliaram quanto tempo levavam tanto os homens como as mulheres cozinhando, limpando, entre outras tarefas de casa. 

Com isso, descobriram que as mulheres jovens e solteiras gastavam menos tempo em tarefas enquanto as casadas dobravam a quantidade de horas facilmente. Os pesquisadores também descobriram que estes números eram muito piores em 1976, já que as mulheres realizavam, em média, 26 horas semanais de tarefas domésticas. 

Assim, o melhor é combinar seriamente com seu parceiro para que as tarefas do lar sejam repartidas igualmente.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Coisas de Aimée: mês da consciência das doenças mentais

Não somos preparados para ver como se apaga a vela das pessoas que amamos (pais, avós, tios, sogros, amigos queridos). Principalmente dos nossos pais, que nos deram a vida e no amam incondicionalmente.


Ver como os seus olhos estão perdendo o brilho, alheios a tudo o que os rodeia, que o seu olhar divaga pelos cantos do seu subconsciente.

É difícil ver essas pessoas tornaram-se pequenos e frágeis desta maneira.

Não há palavras para descrever esse sentimento.

Muita tristeza vê-los na penosa situação de saúde mental (demência senil, Alzheimer, acidente vascular cerebral, acidentes cardiovasculares, estados vegetativos, depressão profunda, esquizofrenia ou outro qualquer).
Nenhum hospital consegue tomar conta deles como nós mesmos e, de repente, temos que ser enfermeiros ou tornarmo-nos ricos para pagarmos residências para idosos ou doentes com preços exorbitantes.
Que desolador que os que deram tudo por você e por sua família um dia te perguntem "Quem és?" ... Não por esquecimento ou descuido voluntário, mas por deterioração mental.
Difícil compreender que pouco a pouco vão perder capacidades e mobilidade, até chegarem os problemas mais graves de saúde mental, tão devastadores que paralisam a vida, trazendo sofrimento e fazendo sofrer as pessoas que os rodeiam.
Demência, depressão, síndrome pós-traumática, psicose, desordem bipolar e tantas outras circunstâncias que ninguém escolhe são desordens do cérebro que, às vezes, falha, assim como um coração ou um rim.
É incrível a ausência de recursos públicos e de pessoal disponibilizadas pelos governos para auxiliar esses doentes. Assim, comumente eles exigem todo o seu tempo de forma exclusiva!
Tenha calma! Tenha paciência! Eles não têm culpa de terem ficado assim!
Apenas faça a sua parte, da melhor forma que pode.
Nunca saberemos a quem essas doenças podem tocar, até que nos toque um dia. Ou a um dos nossos amados ou a nós mesmos.
Se Deus nos permitir, seremos mais velhos um dia e roguemos a Ele que não cheguemos a uma situação assim desamparados, desassistidos e solitários, sem carinho, atenção e amor.
A falta de saúde mental não é "fraqueza", é doença.
Esse é o mês da consciência das doenças mentais.

Vou fazer mais um pedido: cuide de todos os seus como gostaria que fosse cuidado por eles.

Amanhã pode ser você.


terça-feira, 22 de janeiro de 2019

UM POEMA QUE SE PERDEU

Hoje o dia é um dia chuvoso e triste 
amortalhado 
Naquela monotonia doente dos grandes dias.

Hoje o dia... 
(a pena caiu-me das mãos)

Acabou-se o poema no papel. 
Cá por dentro 
Continua...

Oh! este marulhar das almas no silêncio!

(FERNANDO NAMORA, in RELEVOS - Coimbra, 1937)


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

domingo, 20 de janeiro de 2019

MOUSSE DE MORANGO

Mousse de morango faz bonito em taças, experimente!



MOUSSE DE MORANGO
(Para seis porções)

Ingredientes
500 g de morango,
1 lata de leite condensado,
1 lata de creme de leite com soro,
1 pacote de gelatina sem sabor;
½ xícara de água fria.

Modo de fazer
1 Lave bem os morangos.
2 Escorra as frutas e bata no liquidificador com o leite condensado e o creme de leite.
3 Dissolva a gelatina sem sabor na água fria e leve ao fogo brando para dissolver, 
sem deixar ferver.
4 Acrescente a gelatina dissolvida à mistura, batendo até que esfrie completamente.
5 Despeje a mistura nas taças, até mais ou menos a metade, 
e leve à geladeira por pelo menos duas horas.
6 Na hora de servir, coloque morangos picados sobre a mousse e finalize com chantili.

sábado, 19 de janeiro de 2019

DICA DE PRESENTE BY PALOMA AIMÉE FERREIRA!

Dá gosto ver, presentear e degustar as doces criações da ucraniana Dinara Kasko, que mistura arquitetura, design e doces; tudo junto em um saco de confeiteiro e faz sobremesas com linhas simétricas, formas geométricas, volumes, cores e texturas deslumbrantes em seus doces que parecem pequenas obras arquitetônicas ou de design. Técnicas inovadoras, modelagem e impressão 3D permitem que sua criatividade vá longe. Veja o resultado abaixo, dá pena dar a primeira mordida. 











https://www.instagram.com/dinarakasko/

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Coisas de Aimée: Medo!

Gosto de caminhar na rua e tenho caminhado no mesmo lugar todos os dias. No sábado eu caminhava junto com uma amiga e conversávamos distraídas quando uma senhora nos parou para falar que ela morava ali perto e estava observando que tinha um carro preto me seguindo e que ela percebeu isso em outros dias também. Então, lembrei que por três vezes naquele dia, antes de encontrar a amiga que estava caminhando comigo, vi o mesmo carro bem perto de mim na velocidade que eu andava. Não me preocupei, estava claro e tinha muita gente caminhando ali.  Achei que o carro estava passando devagar, afinal ali é uma rua onde eles passam em baixa velocidade e tem sempre pessoas se exercitando, caminhando com cães, com carrinhos de bebês..
Ela mostrou onde o carro estava parado e que o motorista estava dentro. Me apressei e voltei para casa. 
Hoje fui caminhar em outro horário, o sol ainda estava alto e logo o carro preto chegou, parou na parte mal iluminada  da rua  e ninguém saiu de dentro, permaneceu parado  com os vidros escuros e fechados. Dei uma volta e observei, ninguém saiu. Quando estava mais longe possível do veículo, mas o vendo parado no mesmo lugar, corri para casa. Não vou conseguir sair para caminhar na rua. Pode ser que nem seja eu que ele está seguindo, já que tem muita gente que caminha naquele lugar, pode ser que ele esteja esperando alguém (namorada) mas é no mínimo para ficar com "pé atrás". Nos dias de hoje a gente tem que desconfiar de tudo e é suspeito isso. A verdade é que estamos todos com medo de tudo.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Filme da Semana do Mulher Sim Senhora!

O filme documentário "Chá com as damas", tem a direção de Roger Michell  (o mesmo do icônico "Um Lugar Chamado Notting Hill" e "Um Final de Semana em Hyde Park"), por isso fui ver. A película é simples, mostra através de inserções de arquivos das quatro protagonistas, as dificuldades do ramo de ator, desde os anos  50, passando pela consagração das atrizes quando foram nomeadas como Damas pelo reino da Inglaterra, até os dias atuais.  Apesar do bom humor das garotas, é um tanto quanto enfadonho e mal elaborado.


Elenco: Eileen Atkins, Judi Dench, Joan Plowright e Maggie Smith.

Enredo: Juntas no mesmo ramo por décadas, as consagradas atrizes Eileen Atkins, Judi Dench, Joan Plowright e Maggie Smith deixam de lado os holofotes por alguns instantes para realizarem conversas intimistas, sinceras e reflexivas a respeito de suas carreiras, vidas pessoais e as influências de suas carreiras para a consolidação de uma amizade entre as quatro.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Maria Teresa Horta

"Situando-te no meio
desta frase
que equilibra morna
de saliva
distingo a cor do verão
entre este inverno que é o teu sabor
na minha língua"

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Globo de Ouro 2019: os melhores looks!

Na edição deste ano de 2019, as estrelas apostaram em muito brilho, fendas, decotes e texturas.

Camilla Belle


Emily Blun


Lupita Nyong'o


Kiki Layne


Lucy Liu


Sandra Oh 


Dakota Fanning


Lili Reinhart

domingo, 13 de janeiro de 2019

ABACAXI ASSADO NO FORNO COM CANELA.

SOBREMESA DELICIOSA, FÁCIL E AJUDA A EMAGRECER!

É possível uma sobremesa contribuir para a perda de peso? 
É sim. E a prova disso é o assado de abacaxi.


Ingredientes
8 Rodelas grossas de abacaxi
Uma colher (chá) de canela em pó
Cravinho em pó

Coloque as rodelas de abacaxi numa forma retangular.
Num recipiente, misture a canela e o cravo e espalhe sobre as rodelas de abacaxi.
Leve as rodelas de abacaxi ao forno pré aquecido a 180º aproximadamente 10 minutos, 
ou até estarem douradas.

Benefícios do Abacaxi
Por conter celulose, ajuda no bom funcionamento intestinal.
Acelera a cicatrização dos tecidos.
Diminui a pressão arterial.
Auxilia no tratamento de pedras nos rins.
Combate viroses.
Combate anemias.
Auxilia no problema da retenção de líquidos.
Ajuda a perder peso.
Além de ótimo purificador do sangue, é diurético e ajuda a digestão.

Composição Nutricional do Abacaxi (100 g)
Calorias 48 kcal
Proteínas 0,54 g
Carboidratos 12,63 g
Fibras 1,4 g
Cálcio 13 mg
Magnésio 12 mg
Manganês 1,17 mg
Fósforo 8 mg
Ferro 0,28 mg
Potássio 115 mg
Cobre 0,09 mg
Vitamina A 56 UI
Vitamina B1 0,79 mg
Vitamina B6 0,11 mg
Vitamina C 36,2 mg

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Coisas de Aimée: Coração!

"Vivemos de sentimentos, 
não dos números no relógio. 
Deveríamos contar o tempo em batimentos cardíacos."


quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

A gente já sabia, mas os estudiosos confirmaram: ser um leitor de ficção te faz ter mais empatia pelo próximo.

Você pode estar precisando de uma desculpa para ler mais (ou para estimular alguém a fazer o mesmo) ou de um empurrão para decidir qual será sua próxima leitura. Ou pode estar, querendo entender um pouco melhor como funciona essa coisa bem louca chamada “humanidade”.

Para qualquer um destes três casos, nós temos boas notícias: para a ciência, tem ficado cada vez mais claro o quanto aqueles que leem literatura de ficção desenvolvem o dom da empatia muito mais do que os outros.

E por “ficção” entende-se que vai além da científica – estamos falando de romances, mesmo, histórias inventadas, daquelas que nos transportam diretamente para a cabeça de um ser que, na verdade, não existe.

Em meados do século passado, surgiu a Teoria da Mente, descrita pela revista Science como “a capacidade humana de compreender que as outras pessoas têm crenças e desejos e que eles podem ser diferentes de suas próprias crenças e desejos”.

Um estudo publicado em 2013 na mesma revista descobriu, que os leitores de romances costumam se sair melhor, quando testados a respeito da Teoria da Mente. Ou seja: eles compreendem melhor o fato de que os seres humanos têm opiniões diferentes.

Em julho deste ano, outra pesquisa sobre empatia e a leitura examinou como essa relação é poderosa. Entre os participantes, alguns foram convidados a ler o conto Saffron Dreams, da autora paquistanesa Shaila Abdullah, enquanto outros só foram informados sobre como a história se desenrolava.

Depois, todos eles foram expostos a fotografias de olhares – de várias pessoas diferentes – e estimulados a supor o que cada um dos fotografados estava pensando e sentindo.

Os que leram o conto viam com empatia semelhante os rostos de pessoas árabes e de pessoas brancas, mais do que os outros que não leram. Resumindo: além de ler ficção, precisamos investir nas narrativas, mesmo.

Entre um livro de ficção e uma biografia, portanto, você já pode ter certeza do que escolher, para a próxima leitura. Aproveite!

(Giovana Feix)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Por que pobre que deixa de ser pobre gosta de pisar em pobre?

Uma coisa que eu, infelizmente, observo muito: pessoas que melhoram sua situação financeira e sobem um ou alguns degraus da escada social parecem esquecer rapidamente que há pouco tempo também eram pobres e sofreram o mesmo desprezo que agora estão dispensando a quem é mais pobre que elas.


Já vi gente que saiu da favela e falava mal dos favelados e motorista de primeiro carro novo comprado em sessenta prestações rindo de quem esperava na chuva pelo ônibus, o mesmo ônibus que ele pegava para ir trabalhar, em um passado não muito remoto.

Tem gente frustrada em seu emprego por ser maltratada pelos patrões, mas que não perde a oportunidade de esnobar ela mesma outras pessoas, assim que se vê do outro lado (do lado “mais forte“), tratando mal vendedores em lojas, zeladores em prédios ou pedintes na rua.

Já é incompreensível ver gente rica de muito tempo tratando pobre como gente de segunda categoria, numa desumanidade que assusta. Isso já é difícil de entender, mas, agora, ver gente que conheceu a pobreza se vestindo de arrogância e prepotência para se achar melhor que outros que (ainda) não conseguiram sair da pobreza é que não dá para entender mesmo.

Parece que isso está enraizado na cabeça de nosso povo, essa mentalidade arcaica de que quem tem mais é mais, como se ter e ser fossem a mesma coisa. E quem quer ser mais necessita de alguém que seja menos, já que quem se compara precisa de uma referência e seria meio amargo alguém se comparar com quem tem mais que ele. Assim, a consequência lógica é rebaixar quem tem menos para se sentir mais elevado, enfeitando um pouco sua pobre existência.

Tem a história do Dr. Armando, que era advogado, mas não era doutor coisa nenhuma, porém, ele fazia questão de ser chamado assim. Um rapaz pobre do interior da Bahia, que foi para Salvador para estudar e que, para se formar, comeu o pão que o chifrudo amassou, limpou fossa e foi ajudante de pedreiro, serviu comilões no Habib’s na Praia de Piatã, foi placa de anúncio ambulante para os novos condomínios na Avenida Paralela e até picolé na praia ele vendeu.

Leia Mais: Tem gente que é tão pobre, que só tem dinheiro
Pois bem, esforçado ele foi, pisoteado também, e se formou em Direito aos troncos e barrancos. Com o canudo na mão, o Armandinho voltou para sua terra natal como Dr. Armando, o advogado, que, como dito, não era doutor, pois não tinha doutorado, mas que era cheio de doutorice e exigia que todos abaixo dele na hierarquia o tratassem dessa forma. Até de certos clientes ele exigia isso, numa arrogância sem fim. Agora, com um diploma que ele escondia na gaveta, pois suas notas não foram tão boas e ele se envergonhava disso, e um escritoriozinho perto do centro de uma cidade média de interior, ele se via flutuando numa nuvem, por cima dos mortais. Somente perante o juiz, o delegado ou os poderosos do lugar ele baixava a crista e parecia um menino nervoso que tinha feito algo errado.

O pior de tudo é que ele era colérico e tratava muito mal seus empregados, principalmente os domésticos, gritando com eles, os classificando de burros e preguiçosos e supondo que iriam morrer pobres, pois burrice e preguiça não levariam ninguém a lugar algum. E vivia dizendo que detestava pobreza.

Assustadora também era a passividade dos subalternos, que, calados, aceitavam as insultas do patrão. Por um lado, claro, eles eram dependentes, alguns até moravam em sua propriedade. Mas, por outro, seria bom ter mais coragem e impor limites ao novo rico que se comportava como um coronel de segunda categoria.

Mas nem precisamos de exemplos extremos como esse. Esse fenômeno acontece muitas vezes no dia-a-dia, quase despercebido, como aquele sujeito pobre que recebe um dinheiro extra, resolve ir jantar com a namorada num restaurante chique, com tudo que se tem direito, mas achando que tem o direito também de já entrar no restaurante tratando mal os garçons, sentindo-se rico por um momento e acreditando que “ser rico” implicaria também em tratar mal quem o serve.

Acredito que muita gente se comporta assim por não conhecer diferente. Quando ainda pobres, por terem sido explorados e maltratados e experimentado de perto a exclusão e os preconceitos contra a pobreza, aprenderam que é desse modo que a sociedade funciona: quem está em cima, pisa em quem está em baixo. E, agora, que conseguiram subir um pouco, eles também têm vontade de pisar. Se levo isso em consideração, até acho tal comportamento plausível. Mas plausível não quer dizer que seja bom.

Acho estranho e repudio qualquer ato que suponha a superioridade ou a inferioridade de quem quer que seja, mas, ao mesmo tempo, sei que todo efeito tem uma causa e que isso aí é efeito de alguma coisa. Não seria o efeito de um endurecimento de nossa sociedade, de uma mentalidade de consumo e de identificação social pelo que se possui, de dignidade comprada, onde quem tem pouco automaticamente vale menos? Não costumamos definir o sucesso de alguém pela riqueza que acumula? E ainda não fazemos a bobagem de aceitar essa ideia absurda como normalidade?

Leia Mais: De que adianta falar quatro idiomas e não dizer “bom dia” no elevador?
Penso que é essa distorção de valores, que afeta a sociedade como um todo, que faz com que também um pobre que emerge queira também pisar em outros para se sentir alguém.

Se queremos mudar isso, então seria essencial mudar exatamente essa mentalidade, essa forma estranha de convivência social que inventamos, mas que só serve para descaracterizar o lado humano de nossa sociedade.

Os pobres deixarão de tratar mal outros mais pobres no dia em que todos pararmos para perceber que é preciso bem mais que ter para ser e que poder material não torna ninguém melhor que ninguém. Os pobres aprenderão a respeitar outros mais pobres no dia em que eles mesmos perceberem que se é respeitado por ser quem é (um ser humano que tem uma dignidade inviolável!) e não pelo que se tem, já que ninguém aprende a respeitar se ele nunca foi respeitado.

Precisamos é retomar nossos valores e recuperar nossa humanidade, entendendo que a verdadeira superioridade não pode ser comprada e não se adquire através de riqueza material. A verdadeira superioridade nasce é dentro de nós. Uma pessoa verdadeiramente superior não é aquela que se acha melhor, mas sim que a entende que esse negócio de gente melhor ou pior não existe, tanto faz se rica ou pobre.