terça-feira, 11 de agosto de 2015

Caio Fernando Abreu

"É,
eu confesso que não é exatamente a realidade que eu esperava encontrar.
Talvez isso mude.
Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me sequestre de uma vez.
Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e
segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar.
Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar.
Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor.
Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava
afundou num copo de cachaça e virou utopia”.



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