"É sempre no passado aquele
orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É
sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre
no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato,
sempre na
minha firma a antiga fúria,
sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos
meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não
aquele trauma,
sempre no meu amor a noite rompe,
sempre dentro de mim meu
inimigo,
e sempre no meu sempre a mesma ausência."
(Enviado por Paloma Aimée Ferreira)
(Enviado por Paloma Aimée Ferreira)
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