quarta-feira, 24 de maio de 2017

Desvende os poderes e os mitos de 3 superalimentos

Hoje, vou falar sobre a chia, o gojy berry e a linhaça.  3 itens de uma lista que vem sendo chamados de “superalimentos”, com algumas propriedades até anticancerígenas. O consumo destes alimentos não funciona como um milagre, como uma solução definitiva para os nossos problemas de saúde e até para mascarar os nossos maus hábitos.
Os “superalimentos” sozinhos não funcionam mesmo como superpoderes. É a combinação de uma alimentação balanceada e natural com exercícios físicos, além de um olhar cuidadoso para si mesmo em todos os aspectos, que vai deixar a performance da sua saúde cada vez melhor.
Mas, alguns segredinhos podem nos ajudar e um deles é o poder anti-inflamatório da linhaça.


A linhaça
Pode ser encontrada na forma de grão, farinha e óleos e desponta como uma grande amiga do coração, a prevenção desses eventos deve nortear a nossa alimentação 
Inserir a linhaça na sua dieta significa consumir um nutriente muito importante para sua saúde, o ômega 3. Pode ser que, quando eu cito esta substância, de forma automática, seu cérebro pense diretamente nos peixes, em especial o salmão. Só que nesta sementinha há altas doses de ômega 3, e um estudo publicado em 2010 pelo The Canadian Journal of Cardiology afirma que o aumento na ingesta desta substância é uma das mais poderosas estratégias de obter benefícios cardiovasculares. 
Por conta da presença do ácido alfalinolênico, capaz de diminuir a presença do colesterol ruim na corrente sanguínea, prevenindo infartos e derrames.
A sementinha e o óleo de linhaça podem diminuir o efeito do ômega 6, um agente inflamatório, deixando as coisas mais equilibradas.
Fora que ela é rica em fibras e ajuda a prevenir o câncer de mama e ainda aliviar os sintomas da menopausa.
Como consumir: adicionar as sementes – que podem ser das cores marrom ou dourada – nas frutas. Já o óleo de linhaça – que não pode ser aquecido por perder suas propriedades – use para temperar saladas (atenção, esta opção tem menos fibras). 




A chia
Os povos astecas, que habitavam a região do sul do México e arredores entre os séculos XIV e XVI, consumiam com certa frequência as sementes de uma planta típica da região, a Salvia hispanica L.. Alguns séculos depois, este alimento continua sendo bastante conhecido, mesmo após a dominação europeia no nosso continente, fazendo parte tanto das dietas emagrecedoras quanto da alimentação balanceada. O curioso é que, apesar das sementes serem bem pequenas, elas são um alimento funcional completo e saudável.

É provável que o que tenha alavancado a boa fama das sementes de chia seja sua influência no emagrecimento. De acordo com uma pesquisa realizada na Universidade Federal da Paraíba, e publicado internacionalmente, o consumo do alimento induz a perda de peso.
Realizado em 2014, o estudo observou durante 12 semanas, 2 grupos de pessoas, um consumia e o outro não consumia chia
Como resultado, os especialistas brasileiros observaram um significante emagrecimento nos participantes submetidos à dieta que tinham as sementes adicionadas.
É claro que essa informação chama a atenção das pessoas, principalmente em tempos de epidemia da obesidade. Porém, não é apenas como “emagrecedora” que as sementes de chia funcionam.

De forma resumida, as sementes da Salvia hispanica L. são ricas em fibras, gorduras saudáveis e antioxidantes. Novamente, o ômega 3, aquela gordura boa, poli-insaturada e grande amiga do seu coração e do seu cérebro, é bastante encontrado nas sementes de chia. Tanto que o alimento é considerado uma das maiores fontes da substância, ganhando até mesmo do popular salmão.
As quantidades de cálcio e de antioxidantes são também satisfatórias e contribuem para o recebido título de superalimento. Pode ajudar a proteger os ossos.
Tornar o consumo da chia um hábito é mais fácil do que você imagina. As sementes não têm gosto nenhum e podem ser adicionadas à preparações tanto salgadas quanto doces. A chia pode ser polvilhada em saladas, em sucos e vitaminas, iogurtes, ovos mexidos, tapiocas, sopas. A variedade de opções é  grande e você vai encontrá-las com facilidade nas lojas de produtos naturais. Pode proteger também contra o diabetes.



Gojy berry
Este fruto rico em nutrientes é originário do Tibete, na Ásia, já faz parte da rotina alimentar dos povos asiáticos há mais de 6 mil anos. Suas propriedades medicinais são inúmeras. Quando se pensa em vitamina C, por exemplo, logo pensamos na laranja, na acerola e no kiwi, o goji berry é uma excelente fonte desta substância, contendo cerca de 2,5 g de vitamina C a cada 100 g de fruta.

As vitaminas A e E também são encontradas em sua composição, assim como as do Complexo B (B1, B2, B6), que promovem uma ação imunoestimulante. Isso significa que ele reforça as proteções do organismo contra doenças.
Apesar de sua composição riquíssima em nutrientes, o espaço destinado pelas pesquisas científicas para o goji berry ainda é pífio. Na medicina chinesa, em que a observação dos pacientes é importante como a evidência do laboratório, a utilização é bem mais frequente.

Um dos estudos mais importantes, chamado Observation of the effects of LAK/IL-2 therapy combining with Lycium barbarum polysaccharides (lycium barbarum é o nome científico do goji), a fruta foi incluída na dieta diária de 79 pacientes em tratamento para vários tipos de câncer (melanoma, cólon, pulmão, faringe) e em 75 deles foi observado a regressão do tumor.
O nosso sistema imunológico também tende a ficar mais forte com o consumo desta fruta, ela possui 4 tipos exclusivos de polissacarídeos. Isso significa que ele tem combinações de moléculas exclusivas que resultam, no fortalecimento das nossas células de defesa.

Em 2008, outra pesquisa indicou que a fruta é benéfica para o bem-estar geral das pessoas. Segundo os especialistas, foi feito um estudo comparativo com o suco de goji e um placebo. As conclusões, publicadas no Journal of Alternative and Complementary Medicine, indicam que beber 120 ml de suco de goji berry diariamente melhora a disposição, a atividade cerebral e também a digestão.

Os estudos ainda identificam que o goji berry pode fazer bem para:
– a circulação sanguínea;
– combate a ansiedade, estresse e doenças autoimunes;
– melhoras na qualidade do sono e da digestão;
– desintoxicação do organismo;
– emagrecimento, pois produz uma sensação de saciedade.

Vou substituir os cereais cheios de açúcar e vendidos em caixas nos supermercados pelo gojy (colocá-lo junto com a banana). 


Lembrando que sozinhas, uma semente de chia ou linhaça e uma baga de gojy não fazem nada. Mesmo consumindo os tais “superalimentos”, você continua tendo responsabilidade sobre a sua saúde.
É preciso lembrar que praticar exercícios físicos, não fumar, manter uma alimentação balanceada, ter noites de sono também são parte deste caminho.

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