Pego nas palavras e moldo-as como barro.
Deixo fluir as emoções para a ponta dos dedos.
Dessa amálgama sai algo que umas vezes parece alguma coisa.
Outras é mais abstrato.
Mas, de todas as vezes, parece coisa diferente consoante os olhos que a vêem.
Que leem as palavras que amassei com emoções, risos e lágrimas.
Com memórias.
Com imaginação.
Umas vezes uso as minhas emoções.
Outras roubo-as descaradamente a outros.
Umas vezes invento tudo. outras exponho-me completamente.
Outras vezes, ainda, nem uma coisa nem outra.
Nunca o saberão vós.
Nunca o sei eu
(David Teles Ferreira - Cronica de um renascimento e outras escritas de bolso)
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