terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Moldo palavras!

Pego nas palavras e moldo-as como barro.
Deixo fluir as emoções para a ponta dos dedos.
Dessa amálgama sai algo que umas vezes parece alguma coisa. 
Outras é mais abstrato. 
Mas, de todas as vezes, parece coisa diferente consoante os olhos que a vêem. 
Que leem as palavras que amassei com emoções, risos e lágrimas. 
Com memórias. 
Com imaginação. 
Umas vezes uso as minhas emoções. 
Outras roubo-as descaradamente a outros. 
Umas vezes invento tudo. outras exponho-me completamente. 
Outras vezes, ainda, nem uma coisa nem outra. 
Nunca o saberão vós. 
Nunca o sei eu

(David Teles Ferreira - Cronica de um renascimento e outras escritas de bolso)


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