O Brasil é o 2º país que mais cultiva alimentos geneticamente modificados, atrás apenas dos Estados Unidos. 28% da área de transgênicos do mundo está aqui.
São 53 milhões de hectares, uma extensão territorial quase do tamanho do estado de Minas Gerais, segundo relatório do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA, na sigla em inglês).
Mas, apesar do obscurantismo e das críticas tendenciosas, os organismos geneticamente modificados (OGM) não devem ser tratados como vilões. Muito pelo contrário.
Os alimentos transgênicos se provaram essenciais para o aumento da produtividade agrícola, para a redução do uso de herbicidas e pesticidas e, sobretudo, para a diminuição da emissão de gases do efeito estufa.
O progresso científico transformou a pegada de carbono da agricultura, ajudando os agricultores a adotar práticas mais sustentáveis, como a lavoura reduzida e o plantio direto, que diminuem a queima de combustíveis fósseis e permitem que mais carbono seja retido no solo.
Graças à agricultura biotecnológica, os transgênicos evitaram uma poluição equivalente à de 16,9 milhões de carros em 2016. Apenas no Brasil, a poluição que deixou de ser liberada na atmosfera equivale a remover das ruas 4,7 milhões de carros por ano, segundo estudo realizado pelos economistas agrícolas Graham Brookes e Peter Barfoot, publicado na revista inglesa Taylor & Francis Online.
Nos últimos 20 anos, a substituição no plantio de alimentos orgânicos por transgênicos estimulou muito mais do que o crescimento econômico e a redução da miséria. A biotecnologia agrícola também tornou a agricultura mundial mais sustentável.
"Os transgênicos permitiram a intensificação da produção global e, principalmente, brasileira, contribuindo para evitar que a agricultura disputasse área com reservas de biodiversidade nos 27 países em que são cultivados", disse Anderson Galvão, representante do ISAAA no Brasil.
(Árvore do Futuro)
Nenhum comentário:
Postar um comentário