′Morrerei em Buenos Aires, será de madrugada
guardarei mansamente as coisas de viver,
minha pequena poesia de adeus e balas,
meu tabaco, meu tango, meu punhado de esplim.
Vou colocar pelos ombros, de casaco, de manhã inteira.
Meu penúltimo uísque vai ficar sem beber,
Chegará, tangamente, minha morte apaixonada,
Eu estarei morto, em ponto, quando forem
Hoje que Deus me deixa de sonhar,
ao meu esquecimento irei por Santa Fé,
Eu sei que no nosso canto você já está
toda de tristeza, até os pés.
Abrace-me forte que por dentro
Ouvindo-me mortes, mortes antigas,
agredindo o que eu amei.
Minha alma, vamos embora.
Chega o dia, não chore...."
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