Que nunca se perca a magia da história do monge e o canto do rouxinol.
E que nunca se perca, também, a criança que há em todos nós.
“Aquilo que distingue realmente uma criança de tudo o resto que é vivo no Universo
é a capacidade enorme de sua absorção no jogo.
A capacidade enorme de imaginar que as coisas efetivamente estão surgindo
como ao toque mágico de uma vara de fada e fazer que perante isso o tempo não exista.
O milagre que uma criança faz quotidianamente no mundo é aquele milagre de conseguir que o tempo desapareça de sua vida na realidade.
Aquela historieta que se conta do monge da Idade Média que esteve trezentos anos ouvindo um rouxinol cantar e teve por aí a ideia do que deve ser a eternidade,
esse milagre de monge medieval é repetido realmente pela criança todos os dias
quando brinca.
Tempo para ela desaparece, e é o adulto que vem impor-lhe normas de tempo;
o adulto existe no mundo da criança para interromper
a cada momento a história do monge e do rouxinol".
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