Assistir o filme "Nise- O Coração da Loucura" foi uma boa experiência, com direção de Roberto Berliner, produção da TvZero, musica de Jaques Morelenbaum, roteiro de muitas mãos (Flavia Castro, Maurício Lissovsky, Maria Camargo e Chris Alcazar) e é baseado no livro “Nise - Arqueóloga dos Mares”, de Bernardo Horta. As interpretações são irretocáveis, desde a protagonista, Gloria Pires, até os coadjuvantes, vemos uma mulher lutando contra a discriminação e a imposição de métodos impiedosos na época contra seres considerados anormais. Impossível não entrar na história e torcer por essa mulher, apesar de não ser explicado para os cinefilos o porque de Nise ficar sete anos fora da atividade médica antes do início do filme. Eu recomendo!.
Enredo: Depois de sete anos afastada da profissão – período que compreende dois anos de prisão, além de cinco de reclusão –, a Dra. Nise da Silveira volta ao convívio clínico. Numa época (início dos anos 1940) em que técnicas brutas – e hoje polêmicas, como eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia – se popularizavam, a médica psiquiatra voltava ao trabalho e, sem prestígio - e relutando em adotar os “novos” métodos –, o que sobra para a doutora é o comando da renegada Seção de Terapêutica Ocupacional (STO) do Centro Psiquiátrico do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro.
Nise da Silveira, psiquiatra alagoana (1905-1999), enxergou a riqueza de seres humanos que estavam entre a loucura e a exclusão total. Se rebelou contra a psiquiatria que aplicava violentos choques para "ajustar" pessoas e propôs um tratamento humanizado, que usava a arte para reabilitar os pacientes.
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