"Serás tudo para mim: mulher, amante, amiga e companheira.
Sim, querida, hás de ajudar-me, a escrever os nossos livros.
Não só passarás à máquina que eu escrever, como poderás auxiliar-me muito.
Tu mesma não sabes o que vales. Eu sei, e sempre disse, que tens extraordinário gosto,
para julgar coisas escritas. Muito bom gosto e bom senso crítico.
Serás, além de inspiradora, uma colaboradora valiosa,
apesar ou talvez mesmo por não teres pretensões de ‘literata pedante’.
E estaremos sempre juntos, leremos juntos, passearemos juntos, nos divertiremos juntos, envelheceremos juntos, morreremos juntos."
(João Guimarães Rosa, em carta a Aracy - 6/11/1946)
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