Coisas de Aimée e Eunice Ramos

Não há como saber o que vai no coração de alguém, por isso, é preciso respeito.
É preciso respeitar sua estrada, seu caminho percorrido,

porque cada um sabe a estrada que tem e o quanto carrega de sol e 

chuva sobre os ombros.
E sabe contar dos dias tristes e dos caminhos molhados.
Sabe dizer dos dias que desaguavam em remanso, 

do corpo cansado no regaço da rede, das tardes silenciosas e das canções do vento.
Cada um sabe dizer da curva da estrada, dos horizontes perdidos, 

do amor perdido nas curvas da vida.
Sabe dizer da loucura,

doçura e amargura em se escrever poesia no chão extenso das horas.