Deixamos duas lágrimas caírem de lados opostos
Suplicamos um ao outro a permissão para a vida passar
Nos demos as costas e andamos em sentido contrário
Ambos com sorriso delineado no rosto e um nó na garganta
Nos comprometemos nunca mais nos encontrar,
Mesmo sabendo da existência um do outro,
Em longos anos nos deixamos para trás,
Assim, calamos e consentimos que o futuro não nos pertencia
Decidimos em consentimento, de almas atadas,
Que no nosso último suspiro nos veríamos em momento inevitável
Em uma única imagem que perdurará daqui ao eterno,
E em todos os outonos ao cair das folhas,
No frescor da chuva, na luz da lua maior
Ressurgiríamos em sintonia nos corações dos apaixonados
E de todo abril a junho: seríamos uma lenda!
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