Amiga volta ao trabalho.
Bebê com 4 meses.
Amamentação exclusiva.
Puta esquema pra tirar e armazenar leite antes de voltar e
ficar onze horas longe da filha todos os dias
(contando percurso de ida e volta ao trabalho em hora do rush)
Eis que no primeiro dia de trabalho, numa empresa constituída por 90% de mulheres,
não tem um lugar pra tirar leite, nenhuma sala de reunião disponível.
Restou o banheiro. Ok.
Primeira ordenha do dia, porque o peito está evidentemente explodindo,
no banheiro. Ufa. Mais uma conquista.
Saiu leite embora exista aquela pressão oculta do tempo fora da mesa.
Leva o leite na copa da empresa porque se deixar fora da geladeira estraga.
Entra uma mulher com expressão de nojo e desprezo com questionamentos que vão do porquê tirar leite todo dia,
quanto tempo aquilo levava e se não atrapalhava no rendimento do trabalho,
até porque armazenar ali na geladeira e dando palpites infinitos como
'é mais fácil dar fórmula'.
Se já é difícil o suficiente, dobre essa dificuldade do retorno ao trabalho quando outras mulheres resolvem fazer a patrulha da sabotagem em todos os níveis.
Dizem que o mercado é legal com as mães?
Você não imagina o que as próprias mulheres fazem umas com as outras dentro dele.
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