A alma é uma coleção de belos quadros adormecidos,
os rostos envoltos em sombras.
Sua beleza é triste e nostálgica porque, sendo moradores da alma, sonhos, eles não existem do lado de fora.
Vez por outra, entretanto, defrontamo-nos com um rosto que,
sem razões, faz a bela cena acordar.
E somos possuídos pela certeza de que esse rosto
que os olhos contemplam é o mesmo que, no quadro,
está escondido pela sombra.
O corpo estremece. Está apaixonado.
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