Há uma estranha beleza na
noite!
Há uma estranha beleza!
Oh, a transcendente poesia
que verso algum traduz...
Há uma estranha beleza!
Oh, a transcendente poesia
que verso algum traduz...
A via-láctea, inteiramente
acesa
parece a fotografia
de um tufão de luz!
parece a fotografia
de um tufão de luz!
- Quem seria,
quem seria
que pregou lá no céu aquela imensa cruz?
quem seria
que pregou lá no céu aquela imensa cruz?
Que infinita
serenidade...
Que infinita serenidade misteriosa
nesse infinito azul dos céus e em tudo mais:
nos telhados, nas ruas, na cidade...
Que infinita serenidade misteriosa
nesse infinito azul dos céus e em tudo mais:
nos telhados, nas ruas, na cidade...
(Só os gatos gritam na noite
silenciosa
sensualíssimos ais !)
sensualíssimos ais !)
Meu Deus, que noite calma... E
aquela trepadeira
feminina e ligeira
veio abrir bem na minha janela
uma flor - como uma boca rubra e bela
que não terei...
feminina e ligeira
veio abrir bem na minha janela
uma flor - como uma boca rubra e bela
que não terei...
- E ainda sinto nos lábios um
travo nauseante
do amor que faz bem pouco, há apenas um instante,
paguei...
do amor que faz bem pouco, há apenas um instante,
paguei...
E o céu azul assim... E essa
serenidade!
Silêncio - A noite, o luar ... Tão claro o luar lá fora...
Juraria que há alguém, não sei onde que chora...
Silêncio - A noite, o luar ... Tão claro o luar lá fora...
Juraria que há alguém, não sei onde que chora...
Oh, a angústia invencível que
me prostra
invade e me devora...
invade e me devora...
(by Paloma Aime Ferreira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário